sexta-feira, 26 de setembro de 2008

FÃS CRIAM RELIGIÃO LOUVANDO ELVIS PRESLEY

Seja qual for o sentimento que você tem em relação a Elvis Presley até mesmo se você pensa nele como um deus entre os popstars as possibilidades são de que você não coloque o falecido cantor lado a lado ao Ser Supremo. Mas está chegando o dia em que milhares, se não milhões, de seguidores vão se ajoelhar para venerar "Elvis, o Rei", um mensageiro enviado por Deus, traído pelos amigos de confiança e que vive eternamente no coração de todos os homens e mulheres. Pelo menos, esse é o argumento de um livro escrito por um antigo correspondente de religião da British Broadcasting Corporation (BBC), que vê o culto à memória de Elvis como a semente de uma devoção que poderá, com o passar do tempo, se tornar um religião organizada. "A veneração, a adoração e a perpetuação da memória de Elvis hoje são muito parecidas a um culto religioso", afirmou Ted Harrison, autor do livro "O Povo de Elvis o Culto de um Rei", recentemente publicado nos Estados Unidos. "De fato, o que agora é o culto a Elvis pode ser nada menos do que o embrião de uma religião", completou. Funcionários em Graceland, a famosa mansão de Elvis, esperam que entre 80 e 100 mil fãs visitem Memphis, no Tennesse, para marcar o aniversário de sua morte, neste sábado, 16 de agosto. O número é um pouco menor do que os milhares de fãs que foram no ano passado participar de um vigília à luz de velas, visitar o túmulo e escrever mensagens ao cantor, muitos com termos religiosos, nos muros do local. Isso ocorre porque no ano que passou se comemorou os 25 anos sem Elvis. Mas a popularidade póstuma de Elvis não apresenta sinais de queda desde a sua morte, provavelmente por overdose de drogas, em 1977. Ao contrário, ela aumenta, conseguindo novos adeptos em todas as raças, idades, rendas e regiões do mundo. O livro de Harrison que às vezes apresenta relatos monótonos sobre atitudes de fãs, sobre o comércio de lembranças e sobre as músicas é centrado no crescente caráter religioso da história de Elvis. "Seus fãs dizem, repetindo as palavras de muitos cristãos, que é possível não apenas amar Elvis, mas ser amado por ele e manter uma relação pessoal", afirma o livro. E talvez não seja só coincidência que a história de seu nascimento tenha sido readaptada para parecer com a de um Natal passado nos campos de algodão e pântanos do Norte do Mississipi. O pai de Elvis, Vernon, diz que quando o cantor nasceu, num barracão não muito maior do que um estábulo, uma misteriosa luz azul surgiu ao redor do local onde o bebê dormia. Vernon também relata que perdeu a consciência no momento em que Elvis foi concebido. Segundo Harrison, o próprio artista tinha isso como sinal de que tinha nascido para um objetivo maior. Elvis era o segundo de um par de gêmeos. Seu irmão mais velho, Jesse, nasceu natimorto, o que encoraja os fãs do cantor a vê-lo como sendo "o ramo de Jesse", uma referência biblíca a Cristo, que segundo os Evangelhos, seria descendente de Jessé, pai do rei Davi. Alguns fãs também estão convencidos de que Elvis, que tinha contatos com a numerologia e com a cura pela fé e afirmava que tinha visto o Cristo e o AntiCristo no Deserto do Arizona, sabia o dia e a maneira como iria morrer. Os céticos devem pensar nisto: Elvis costumava começar seus shows com a composição de Richard Strauss "Assim falou Zaratustra", mais conhecida como o tema do filme "2.001, uma Odisséia no Espaço". Bem, some a data de nascimento do cantor (8 de janeiro), o dia de sua morte (16 de agosto), o ano de seu nascimento (1935) e a idade com que morreu (42 anos) e você obtém 2.001. Surpreso? Qualquer que seja a verdade, não se pode contestar que a casa de Elvis é um foco de peregrinação internacional. O local onde nasceu é preservado como um santuário e os fãs não apenas valorizam suas lembranças, eles as têm como verdadeiras relíquias. "Com o passar dos séculos, muitos cultos e religiões nasceram. O culto a Elvis é um dos mais recentes", conclui o livro. "Só o tempo dirá se a adoração a Elvis existirá daqui a 200 ou 2.000 anos", completa. Em outras palavras, algum dia, a cômica imitação utilizada hoje por muitos fãs pode se tornar lei: "No princípio era o verbo e o verbo era Elvis. (fonte: Agência Estado)

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